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Saúde 4.0 e 5.0: as barreiras que o Brasil precisa derrubar pela cultura de inovação

Saúde 4.0 e 5.0.

Saúde 4.0 e 5.0. Image by Gerd Altmann from Pixabay

Vivemos dias únicos presenciando os desenvolvimentos recentes em tecnologias de ponta, incluindo inteligência artificial, robótica e biotecnologia. Essas tecnologias têm mostrado um enorme potencial para o aperfeiçoamento dos processos médicos e de saúde. 

Por isso, devemos nos perguntar se nossa atual mentalidade sobre cultura de inovação nos permite tirar pleno proveito da atual revolução tecnológica para reduzir as lacunas no processo de gestão de saúde, novos tratamentos, curas e entrar definitivamente na medicina 4.0 e 5.0. 

A medicina 4.0 atua nos procedimentos médicos. Por exemplo, robôs que representam a extensão da tecnologia até as salas de procedimentos. Já a medicina 5.0 se refere a acesso remoto ao paciente e ao médico. Ambos levam a mudança de cultura e paradigma onde o paciente vira o foco das soluções quando temos conectividade.

Leia também: Entenda as diferenças entre Saúde 4.0 e 5.0 

Como exemplo desse potencial, o Relatório de Tecnologia e Inovação da UNCTAD 2021 (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) mostra que tecnologias de ponta já representam um mercado de US $350 bilhões, que pode crescer para US $3,2 trilhões até 2025. Isso oferece grandes oportunidades para aqueles que estão prontos para pegar essa onda tecnológica. 

As barreiras para a transformação digital na saúde 4.0 do Brasil

Saindo do cenário global para o local, de acordo com relatório da Distrito Inside Venture Capital Brasil, o país se tornou um importante polo global de venture capital, com US $3,5 bilhões de dólares aportados em 2020. 

No entanto, o capital segue concentrado direcionado a poucas empresas, mas para a maioria dos empreendedores e empreendedoras brasileiros, o acesso a investimentos ainda é difícil. Soma-se a isso que o ecossistema de Venture capital e Venture builders, e investimentos é bem complexo, em especial pela dificuldade de network, assimetria de informações entre os envolvidos. 

Nesse sentido, a grande barreira atual para obter investimentos é que empreendedores e empreendedoras muitas vezes não sabem como acessar fundos de investimento, quais são os critérios para receber um investimento e quais são os mecanismos de governança necessários para essa sociedade. 

Ou seja, não faltam startups, não faltam investidores, falta network e uma cultura de inovação em saúde consolidada em ambos. 

Dentro desse contexto, confira alguns dos grandes desafios a serem endereçados e superados e que estão relacionados a cultura de inovação para gerar novos produtos, processos e soluções:

Leia também sobre estratégia nacional da inovação aqui 

Como podemos superar isso? 

Eu acredito muito no potencial inventivo do empreendedor brasileiro, e vivemos um momento de virada de paradigma. Por isso, é imprescindível desenvolver a cultura de inovação em investidores e inventores para alavancar os projetos brasileiros.

Aqui mesmo no blog da Haze Shift, encontramos diversos exemplos. Na medicina 4.0 e 5.0, por exemplo, já foram apresentadas diversas tendências do setor de startups e  soluções tecnológicas, como nesse texto; confira: 

Startups e Planos de Saúde: Oportunidades para revolucionar o atendimento médico no Brasil

Portanto, a mudança no mercado de saúde começa pela transformação da mentalidade na cultura de inovação, de um modelo de “investimento de oportunidade” que visa investimento baixo e com rápido retorno financeiro para um modelo visionário. 

E o modelo visionário de inovação passa pela visão ampla e de longo prazo, a partir da compreensão da tecnologia e suas aplicações e sobre o entendimento de qual é o impacto na sociedade gerado em curto, médio e longo prazo. A partir dessas premissas, o empreendedor visionário vai desenvolver o planejamento estratégico para gerar valor e rentabilidade otimizando recursos financeiros dentro do timing correto.

Isso significa que não podemos perder a oportunidade de entrar em projetos com enorme potencial de retorno financeiro e, principalmente, transformar para o modelo de negócio do mercado de saúde para um modelo mais eficiente. Isto é, gerar saúde e lucros. Mas antes disso é preciso mudar a mentalidade de como se avalia e realiza e investimento em inovação em saúde no Brasil. 

Este é um tema que precisa, imediatamente, entrar no radar de grandes empresas tanto do setor de saúde e pharma-biotech, como demais investidores. E nós da Haze Shift podemos ajudar sendo a ponte para conectar todos os atores nesse debate por mais inovação aberta na Saúde: de startups que oferecem soluções tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. 

Se você concorda conosco, venha fazer parte deste debate.

Referências

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