Existem dezenas de rotas de inovação aberta possíveis. Mas hoje quero chamar a atenção para uma ainda pouco explorada, mas com muito potencial. São os Fab Labs: laboratórios multidisciplinares que podem ser iniciativas tanto geradas por institutos, organizações quanto por universidades.
Aqui no Brasil, esse ainda é um tema pouco debatido, mas que já temos bons exemplos. Aliás, essa é a rota 21 de inovação aberta, citada pelo pai da inovação aberta, Henry Chesbrough.
Mas o que são os Fab Labs?
Em primeiro lugar, esses ambientes proporcionam multidisciplinaridade, ou seja, puxam diferentes áreas de conhecimento. Podem até ter foco em um determinado tema, como Indústria, por isso o nome Fab Labs que são, traduzindo para português, Laboratórios de Fábricas.
Esses laboratórios multidisciplinares concentram pessoas de diferentes mindsets e distintos níveis de conhecimentos, de estudantes que precisam aprender habilidades, a empresas que buscam a inovação no contato com outros profissionais e universidades, entre outros stakeholders internos e externos que também podem se juntar ao local para a realização de projetos.
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Inclusive, uma das principais características é a participação universitária. A presença acadêmica nos Fab Labs busca dar novos ares ao conhecimento de tendências das empresas e permite a experimentação.
Por isso, os Fab Labs são um ambiente excelente para testes e prototipagem, principalmente porque devem sempre estar equipados com tecnologia de ponta.
Entre os materiais mais comuns estão impressoras 3D, óculos de realidade virtual, kits de robótica, softwares de inteligência artificial. Em outras palavras, isso também significa que são perfeitos para projetos de design estratégico e modelagem de negócios.
Afinal, esse contato direto entre instituições (empresas, organizações e universidades) favorece a pesquisa e a descoberta de novas dores presentes nos diferentes mercados, e que podem ser solucionadas de forma multidisciplinar.
Aplicação prática de Fab Labs: exemplos
Esses laboratórios multidisciplinares também são conhecidos por outro nome: espaços maker. Isso significa que os Fab Labs são ambientes mão na massa. Isso faz com que projetos da Indústria 4.0 sejam uma realidade, por exemplo.
Nesse sentido, como consultor de inovação, eu vejo que Curitiba e Região Metropolitana se mostra como um ambiente altamente engajado.
Em primeiro lugar, porque a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) criou um excelente espaço buscando aproximar empresas, estudantes e a comunidade para colocar projetos em prática.
A Fiep aplica os conceitos da indústria 4.0 ao Fab Lab para formar profissionais e viabilizar novas soluções e produtos em parceria entre empresas e comunidade, oferecendo – além do laboratório multidisciplinar, oferece cursos, treinamentos práticos, workshops, e com uma linha completa de equipamentos. Clique aqui para ver mais e saber como o ambiente é disponibilizado a empresas, estudantes e comunidade.
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Além da Fiep, a Renault construiu mais de um laboratório multidisciplinar na região de Curitiba e em São Paulo. Ela se uniu a outras organizações e instituições de ensino para construir várias iniciativas. Em Curitiba e Região, a Renault chegou a construir quatro até o início da pandemia, em 2020. Em São Paulo, há dois.
Com essa ampla presença, a Renault busca formar laboratórios para desenvolvimento próprio e para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. Em outras palavras, além de fazer testes e trabalhar a prototipagem, essa é uma excelente maneira que de desenvolver seus próprios stakeholders internos e encontrar novos talentos universitários.
Fab Labs e soluções para a saúde
Mas além da indústria, podemos encontrar exemplos muito interessantes em outras áreas, como a saúde 4.0 e 5.0.
Na Holanda, a empresa tecnológica Cinnovate, o Big Data Value Center, a TNO e a Câmara Municipal de Almere (próximo a Amsterdã) criaram a Health Factory, ou Fábrica da Saúde, em português. Por lá, a inovação aberta acontece ao dar acesso ao ambiente laboratorial a diferentes parceiros públicos e privados, acontecendo ainda a colaboração com alunos universitários, que são convidados a fazer estágios e projetos.
Além disso, a Fábrica da Saúde disponibiliza um formulário de inscrições de projetos para testar e validar ideias relacionadas à saúde. Já foram desenvolvidos projetos como soluções para casas inteligentes a idosos, educação tecnológica para escolas primárias e creches, cadeiras de rodas autônomas, entre outras iniciativas desenvolvidas em parcerias. Clique aqui para ver os projetos (aviso: página em Holandês).
Como consultor de inovação, vejo que isso pode ser uma inspiração para empresas de saúde e healthtechs, por exemplo.
Em parceria com a própria indústria, profissionais e estudantes das áreas de Medicina, Odontologia, Fisioterapia, Farmácia, Design, Engenharia, entre outros cursos, podem tocar projetos conjunto. É possível criar próteses em impressoras 3D, novos modelos de respiradores, de marcapassos – apenas para citar alguns exemplos possíveis.
Inclusive, há portas abertas inclusive com a chegada do metaverso para a ciência de dados e da inteligência artificial se juntar à saúde; confira:
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Nós podemos ajudar
Na Haze Shift, nós também já participamos de projetos nessa mesma linha. Junto com o Sebrae, nós fomos responsáveis pelo o planejamento estratégico do DataLab do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), localizado em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
A organização, que é não-governamental, ou seja, uma instituição, reúne startups, cooperativas, empresas e instituições de ensino para a realização de projetos de inovação aberta. Com o DataLab, que tem maior foco em agroenergia, também existe a multidisciplinaridade para a criação de novas soluções na área.
Por isso, se a sua empresa, instituição de ensino ou organização está em busca de novos parceiros para incrementar a inovação, nós fazemos questão de ajudar no desenho de um laboratório multidisciplinar.
Seu laboratório multidisciplinar pode trazer diversos frutos em espaços de tempos mais curtos do que você imagina. Fale conosco e vamos colocar isso em pé!