Uma ferramenta muito utilizada para trazer soluções nos projetos de inovação e design estratégico aqui na Haze Shift é o Hunting de Startups. 

Quando entrei na Haze Shift tive a oportunidade de atuar em um projeto de inovação aberta e design estratégico de uma empresa de saúde, que estava no momento de realização de dois Huntings de Startups, para conhecer produtos e serviços de HealthTechs, que pudessem contribuir para a empresa. Foi uma grande experiência, pois além de aprender algo que até então era desconhecido para mim, a ferramenta impactou positivamente o projeto. Vamos conhecer o poder do Hunting de Startups?! 

O que é o Hunting de Startups

A palavra Hunting traduzida do inglês significa caça, portanto o Hunting de Startups é uma ferramenta que caça startups, que são convidadas para apresentar um Pitch em um evento, no qual terá a participação dos interessados. As startups são selecionadas de acordo com a temática, perfil, região, entre outros. O evento pode ter diferentes tipos de estrutura e pode ser realizado online ou presencial. Aqui na Haze Shift realizamos vários de forma online. Veja a seguir o processo do Hunting realizado por nós. 

Passo a passo de como fazemos Hunting de Startups na Haze Shift

O processo de Hunting de Startups pode durar de 2 a 3 semanas, pois conta com atividades pré e pós evento. Conheça as etapas que seguimos aqui na consultoria. Confira a imagem e, abaixo, uma descrição das etapas:

Warm-up: definições iniciais e focais do cliente – etapa em que são definidas pessoas da empresa interessada para participar ativamente das atividades do Hunting de Startups e influenciar os demais colaboradores nas ações do evento.

Escolha de desafios mapeados – nesse momento a empresa olha para si e identifica quais são suas dores e anseios para o mapeamento de alguns desafios.

Seleção de fontes, alcance e parceiros – após ter os desafios mapeados, é importante pensar nas possíveis fontes, qual o nível de alcance e quem pode vir a se tornar parceiro para facilitar a comunicação com as startups. Aqui na Haze Shift utilizamos bases de startups da Distrito e a do Sebrae.

Onboarding dos focais e líderes dos processos relacionados – para que todos fiquem na mesma página sobre as atividades a serem realizadas e como ocorrerá o evento, realizamos Onboardings que são reuniões de alinhamentos com os focais e líderes do projeto.

Levantamento e curadoria da base inicial – com o desafio e os parceiros definidos, começamos o levantamento de startups que aderem ao que está sendo buscado. Nós do time de projeto fizemos uma curadoria em uma planilha com dados relevantes, como o nome da startup, ramo de atuação, produto/serviço e o contato.   

Acesse aqui um modelo para criar a sua base e realizar a curadoria!

Pré-aprovação de 20 startups potenciais – a partir da planilha construída, os focais selecionam 20 startups, para que possamos convidar para o evento, esse contato pode ser via e-mail, WhatsApp ou telefonema.  

Confirmação e onboarding de 10 startups – após o envio dos convites aguardamos a confirmação de 10 startups e realizamos o Onboarding com elas, a fim de alinhá-las com o objetivo do evento, apresentar o horário, ordem de apresentação e demais informações importantes.

Validação do time do projeto e stakeholders – ao longo do processo temos diversos momentos de validação das atividades com o time de projeto e stakeholders, entre eles, validamos o formato (plataforma e pessoas a serem convidadas) e a agenda (horário e duração das atividades) do evento. 

Sessão de Pitch e matchmaking dentro da comunidade – realizamos o evento ao longo de 2 horas e meia. Nos eventos online, abrimos uma sala geral com todos os participantes (startups, focais, líderes da empresa, equipe de projeto e outros stakeholders) onde ocorrem as sessões de Pitch, tendo cada startup 5 minutos para se apresentar. Posteriormente, dividimos os participantes em 10 salas, uma para cada startup, é o momento em que os focais, líderes e stakeholders tiram suas dúvidas e discutem ideias.

Aproximação dos potenciais para sessões extras – a participação no evento não cria um vínculo de parceria entre a startup e a empresa, mas é a partir dele que surgem as oportunidades de negócios e inovações. Com isso, ao fim do evento são enviadas informações (nome, representante, contato e deck) sobre todas as startups para a empresa, para que ela possa escolher com qual/quais realizar novos contatos.

Feedbacks e lições aprendidas – As opiniões e sugestões dos participantes são sempre importantes, sendo assim realizamos uma pesquisa de satisfação e solicitamos feedbacks para aprimorarmos a ferramenta nas próximas realizações.

Resultados esperados

O Hunting de Startups aborda fortemente duas das 33 rotas de inovação apresentadas por Jan Spruiit. 

Uma delas é a Rota 4: Inovação Colaborativa, que visa solucionar desafios reais de produtos ou serviços por meio do trabalho em conjunto com outras pessoas internas ou externas à organização. Sendo assim, os colaboradores da organização podem instigar a criatividade sobre tecnologia e inovação. 

Os ganhos são mútuos, pois as empresas encontram startups que atuem nos problemas que possui, trazendo formas inovadoras para a resolução de problemas, e as startups podem aumentar sua carteira de clientes e gerar maior visibilidade através do networking com empresas e outras startups.  

A outra é a Rota 18: Sistemas regionais de inovação, que proporciona proximidade com instituições de apoio à inovação e tecnologia dentro da sua região, como o Sebrae, incubadoras e Hubs de Inovação. O que é essencial para conhecer novos fornecedores para a organização, expandindo a visão sobre o que possui no mercado.

Quer saber mais? Conheça um pouco mais sobre Inovação Colaborativa ou vamos conversar conosco!

Escrito por:

Ana Carolina Lopes
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Atua na área de projetos de inovação aberta e design estratégico na Haze Shift. Ao longo de sua formação em Engenheira de Produção vem adquirindo experiências em empresa júnior, diretório acadêmico, iniciação científica e desafios de inovação. Tem interesse em gestão, inovação e marketing.