Existem muitos artigos riquíssimos que nos mostram a definição de hub, laboratórios de inovação e diferenças entre os termos. Mas o que temos visto por aí no mercado? Esta é a reflexão de hoje!

No fim do dia tudo isso converge para uma palavra mais simples: centros de inovação. Portanto, não é uma questão de o termo estar certo ou errado. É uma questão de trazer a inovação às organizações e conseguir inseri-las em um ecossistema de inovação com contato permanente com startups, universidades e stakeholders.

Então, novamente, o que vemos por aí? Quais são os benefícios?  Como eles estão atuando durante a pandemia, com menos encontros presenciais? Vamos introduzir o tema para depois mostrar o que teremos por aqui como novidade no Blog da Haze Shift sobre este assunto tão relevante para a inovação aberta.

Labs ou laboratórios de inovação: o que são

Em primeiro lugar, os labs são vistos atualmente como ambientes que as próprias empresas criam. Basicamente, são centros de inovação dentro delas. Inclusive, ao fim deste texto eu trago um dos maiores laboratórios de inovação no Brasil: os exemplos são ótimos. Mas como eles funcionam?

Quando uma empresa deseja criar seu laboratório de inovação, ela precisa levar em conta que terá um time com foco em apresentar novas ideias relacionadas a inovar no negócio ou nos processos da empresa. Ocorre uma busca ativa por parceiros externos, o que inclui chama-los para participar e, muitas vezes, se instalar no laboratório (física ou remotamente) para desenvolverem soluções em parceria com a empresa. 

Como consultor de inovação, percebo que aqueles que seguem a abordagem do design estratégico e que seguem um tese de inovação conquistam ótimos resultados.

E quem você acha que pode fazer companhia para esse time freneticamente em busca da inovação aberta? Por lá podem estar startups de mercado, startups universitárias, empresas júnior de universidades, fornecedores, clientes, consumidores, mentores, especialistas e parceiros de negócios. Até mesmo empresas diferentes do seu segmento de mercado podem fazer parte desse ecossistema. Afinal, a diversidade é uma questão chave para gerar novas conexões e aprendizados.

Hubs de inovação: mais que laboratórios, um ambiente facilitador

Como já falamos, não existe uma grande regra de definição. Mas o que podemos afirmar com certeza é que algumas empresas já nascem como hubs inovação, ou seja, seu negócio principal é conectar organizações por meio de seus espaços e benefícios agregados.

Em outras palavras, hubs são organizações especialistas em criar e conectar um amplo ecossistema de inovação. E, sinceramente, eu recomendo que as empresas olhem e participem desses espaços, seja física ou remotamente – pelo menos durante a pandemia.

Vejamos o exemplo do Distrito, parceiro da Haze Shift. Como um hub de inovação, a companhia começou com espaços físicos para oferecer infraestrutura a startups e empreendedores. A grande vantagem desses locais é que, especialmente antes da pandemia, investidores, representantes de grandes empresas, universidades e órgãos de fomento interessados em novos negócios também estavam lá.

A pandemia e a evolução dos hubs de inovação

Ou seja, um hub de inovação é capaz de gerar mais que networking: gera negócios e inovação aberta por conta dessa intensa colaboração e capacidade de formatar parcerias. Você pode estar se perguntando: mas e com a pandemia como isso ficou?

Bom, o Distrito já vinha com planos de evolução e mostra que um hub de inovação pode ser muito mais que um espaço físico. O pacote de benefícios do hub de inovação inclui ferramentas para  organizar equipes, como o Asana e a CoBlue, a plataforma de computação em nuvem AWS da Amazon. Também oferece desconto para contratação de pacotes de cobertura nacional de telefonia e ferramentas de Big Data, entre outras vantagens. 

Como consultor de inovação, eu vejo que essa é uma oportunidade também para laboratórios de inovação no Brasil: as empresas podem, sim, buscar parceiros para oferecer benefícios similares aos acima para participantes do ecossistema de inovação.

O que isso nos mostra? Que não basta incentivar reuniões no Zoom para manter os contatos entre startups para substituir o espaço do cafezinho como acontecia no ambiente presencial. Os hubs e laboratórios de inovação precisam ir além e oferecer meios tecnológicos que supram todas as necessidades das startups quanto à prospecção de clientes e investidores, gerenciamento de equipes, apoio de marketing, plataformas de segurança da informação em nuvem para projetos, financiamento e treinamentos.

Teremos mais sobre hubs e laboratórios de inovação: casos de sucesso 

Gostou dessa introdução ao tema? Então acompanhe aquipor que nos próximos meses o Blog da Haze Shit vai trazer entrevistas com alguns representantes de hubs de laboratórios de inovação:
Já falamos com o Distrito. Em breve teremos o post
Temos agenda marcada com o Cietec – Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia
Conversaremos com o Parque Tecnológico de itaipu sobre o novo DataLab da região Oeste do Paraná.
 É só voltar ao nosso blog que você irá encontrar excelentes conteúdos!

Laboratórios de inovação e hubs de sucesso no Brasil

Quero passar uma lição de casa para você. Se seu objetivo é se aprofundar nos hubs e laboratórios de inovação do Brasil, a lista de alguns dos maiores e melhores está aqui. Confira!

Hubs de inovação

  • Distrito: líder de mercado no que se refere a Hubs e que descrevi um pouco mais acima.
  • Parque Tecnológico de Itaipu (PTI): localizado no Oeste do Paraná, o PTI é uma organização não-governamental que une startups, cooperativas, empresas, laboratórios e instituições de ensino. Nós da Haze Shift temos orgulho em ter realizado, junto com o Sebrae, o planejamento estratégico do DataLab do PTI, um hub de inovação focado em dados para o setor agro, com destaque para a Agroenergia.
  • Biopark: também no Oeste do Paraná, esse parque tecnológico surgiu a partir de um casal de empreendedores, Carmen e Luiz Donaduzzi, fundadores da Praati-Donaduzzi, a maior produtora de genéricos do país. O Biopark fomenta negócios desde 2016, conta com faculdade e seu ecossistema de inovação abriga empresas de setores como tecnologia, agronegócio e saúde.  
  • AgTech Garage: criado o Mato Grosso, o Grupo AgTech atualmente está em São José do Rio Preto (SP) e tem ecossistema focado em soluções alinhadas à Agricultura 4.0, conectando empresas, startups, produtores, investidores, universidades e toda o ecossistema agro.
  • Acate – Associação Catarinense de Tecnologia: este é um excelente exemplo de como uma associação (seja ela da tecnologia, do varejo ou qualquer setor) pode abrir startups em seu ecossistema com um hub próprio. Conheça o Centro de Inovação Acate Primavera (LinkLab), que tem 12 verticais de negócios e que aproxima médias e grandes empresas de startups.  
  • InovaBra Hub: criado pelo Bradesco, o hub apoia startups que não necessariamente precisa fazer negócios com o banco. A proposta é unir startups e empresas parceiras e tem um fundo próprio de fomento.
  • Cubo Itaú: provavelmente com o maior espaço físico de um centro de inovação do Brasil, o hub surgiu em 2015 e tem como idealizadores o Itaú Unibanco e Redpoint eventures. Ele oferece um programa completo de crescimento para startups. Já para empresas, o hub oferece exposição de marca, portfólio de startups e bases de dados para parcerias, aquisições e investimentos por parte das organizações.
  • SRP Valley: em 2021, o ecossistema da Sociedade Rural do Paraná se tornou um hub de inovação para o agronegócio. A ideia é potencializar os contatos de startups e empresas do setor de tecnologia e agronegócio da região de Londrina, no Norte do Paraná. O local fixo é um dos maiores parques de exposições do país, o Ney Braga, na cidade paranaense.

Laboratórios de inovação

Também é importante destacar três cases de laboratórios de inovação no Brasil:

  • Oito da Oi: o lab da empresa funciona em parceria com o Instituto Gênesis –Instituto de empreendedorismo da PUC-Rio – e ganhou a adesão de outras organizações, como o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e Senai e mantém parcerias com outras empresas importantes que apoiam o setor telefônico, como Nokia, IBM e Oracle. Em sua inauguração, em 2019, a Oi selecionou 18 startups para incubação e testes de produto e adoção na própria companhia, e trouxe a possibilidade de aportes financeiros às startups de maior destaque.
  • Wayra da Vivo-Telefonica: opera em 10 países, incluindo o Brasil, e mantém inscrições contínuas para seu programa. A missão da Wayra é conectar a Vivo no Brasil e a Telefônica no mundo a disruptores digitais. A proposta é que o grupo seja cliente ou canal de distribuição. A Wayra oferece um pacote completo de infraestrutura, mentoria, conexões com investidores e possibilidade de investimento de até US$150 mil em troca de participação minoritária na startup.
  • Data Lab do Serasa: a marca mais conhecida de análises de crédito do Brasil criou um laboratório para melhorar por meio da inovação aberta, ou seja, conexões com startups, suas análises de dados combinadas com inteligência artificial e machine learning.

Gostou dos exemplos? Eles são apenas alguns dos cases de sucesso. E se você quer que sua empresa seja a próxima a entrar em uma lista como essa criando um laboratório de inovação, e aproveito para lembrar que a Haze Shift tem essa expertise. Quer conhecer nossos casos mais de perto? Então entre em contato e aproveite para deixar seu comentário ou dúvida logo abaixo, aqui mesmo neste post. 

Escrito por:

Digital Transformation Leader & Co-Founder de Haze Shift | + posts

Certified facilitator of LEGO® SERIOUS PLAY® & Digital Transformation Enabler with a demonstrated history of working in the information technology and food & beverages industry.