As tecnologias digitais já são parte da nossa vida cotidiana, e a população mundial está interconectada. Na esfera da saúde digital, a inovação também está acontecendo em uma escala sem precedentes. Nesse sentido, o potencial tecnológico e de inovação traz à tona o surgimento de novas competências e perfis de profissionais da saúde 4.0 no Brasil e no mundo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Saúde 4.0 é o campo do conhecimento associado com o desenvolvimento e uso de novas tecnologias para melhorar a disposição física e mental das populações.
Para a OMS, a saúde digital deve ser parte integrante das prioridades e deve beneficiar as pessoas de forma ética, segura, confiável, equitativa e sustentável. Deve ser desenvolvida com princípios de transparência, acessibilidade, escalabilidade, replicabilidade (replicável localmente e globalmente), interoperabilidade (operável com ou por diferentes sistemas), privacidade, segurança e confidencialidade.
Mas como fazer isso a partir dos profissionais da saúde 4.0?
A transformação digital dos cuidados de saúde é disruptiva. Afinal, tecnologias como a Internet das coisas (IoT), atendimento virtual, monitoramento remoto, inteligência artificial, análise de big data, blockchain, wearables (dispositivos) inteligentes, plataformas e ferramentas de troca e armazenamento de dados permitem a captura remota e compartilhamento de informações relevantes em todo o ecossistema de saúde.
Perceba: tudo isso cria um continuum de cuidados, têm potencial comprovado para melhorar os resultados de saúde.
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Dessa forma, é possível ampliar e aperfeiçoar o diagnóstico médico, com decisões de tratamento baseados em dados. Também temos melhorias da terapêutica digital, ensaios clínicos, gestão de cuidados e cuidados centrados na pessoa. Tudo isso cria mais conhecimento, habilidades e competências baseadas em evidências para os profissionais da saúde 4.0 melhorarem seus resultados diagnósticos.
A cada novo projeto ou consultoria que atuei nos últimos 7 anos, notamos que a transformação digital faz parte do P&D em saúde. Percebemos hoje que, na área da saúde, até 2025 que o investimento em P&D em transformação digital saltará de menos de 5% em 2015 para 50% até 2025, e podendo superar os investimento em hard science até 2030.
Desafios dos gestores e profissionais da saúde 4.0
Como podemos ver, está na hora dos profissionais da saúde liderarem a transformação digital pessoal, concorda? Assim explicou o consultor de inovação Marcos Daniel Goes em outro artigo aqui mesmo no blog, fica aqui uma provocação sobre o futuro do trabalho: Você lidera sua transformação digital ou é liderado por ela?
É por isso que nós da Haze Shift entendemos que é essencial identificar os principais desafios que a emergente Saúde 4.0 apresenta aos profissionais de saúde. E assim concluímos que será preciso delinear as tendências emergentes quanto às competências, habilidades e atitudes a esse respeito.
Se por um lado a transformação digital não apenas melhora o trabalho dos profissionais de saúde 4.0, agora ela se torna também um pré-requisito para a construção de um sistema de saúde eficiente e amigável ao paciente.
As soluções de saúde digital obrigatoriamente vão promover um relacionamento ainda mais estreito e profundo entre médicos e pacientes. A tendência é melhorar a comunicação no atendimento, aumentar a confiança dos pacientes e também seu envolvimento nas decisões de tratamento.
Dessa forma, a relação entre a equipe médica e o paciente está sendo transformada. Sobretudo, torna-se uma relação em que o paciente passa a ser um parceiro e um participante ativo no processo de restauração da saúde.
O aumento exponencial de oferta de dados e informações junto com a transformação digital, vemos uma quebra de paradigma sobre informações técnico-científicas e o relacionamento médico-paciente. Afinal, quem de nós nunca foi a um consultório médico sem antes consultar um site de buscas descrevendo seus sintomas?
A ampliação do currículo na saúde 4.0: profissionais gerenciam informações
Na era da saúde 4.0, os médicos passam a ser gerenciadores de informações. Eles coletam, sugerem ou fornecem conteúdo online confiáveis para o paciente. Cada vez mais a comunicação tem que ser ampla, transparente, constante e em tempo real.
Para a atual geração com até 25 anos de experiência, tanto para a futura geração de médicos e profissionais de saúde devem ser treinados de forma diferente de hoje.
Nesse sentido, além do conhecimento técnico-científico, os currículos devem enfatizar a saúde a partir da predição e a prevenção usando as mais recentes soluções tecnológicas digitais disponíveis. Ou seja, personalizando a gestão da saúde do paciente e incentivando a ser um processo participativo.
Em outras palavras, este é um momento essencial para ampliar as competências em informática e bioinformática e gestão de dados, e soft skills de comunicação (em especial adaptação a estilos de comunicação, comunicação remota versus presencial), gestão de pessoas e liderança (capacidade de liderar e supervisionar) e gestão de projetos e ética digital.
Mas tudo isso tem que acontecer em consonância com a transformação cultural e na transformação do desenvolvimento estratégico de novos projetos em soluções para saúde em hospitais, corporações e centros de saúde.
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Finalmente, essa transformação traz a necessidade de mudanças na política de educação e regulamentação de saúde. E há vários responsáveis pela mudança que está ainda começando. Por exemplo, cabe a políticos e formuladores de políticas criar regulamentações que, por um lado, exijam competências digitais dos médicos em formação.
Por outro lado, precisamos motivar os praticantes a adquirir tais competências, e os aspectos de segurança, proteção e privacidade e dos dados são de extrema importância para que a saúde 4.0 prospere e se desenvolva.
A importância da cultura da inovação para esse desenvolvimento
Dessa forma, uma consultoria de inovação como nós da Haze Shift podemos ser o parceiro ideal. Nós somos experts em fazer programas sobre cultura de inovação no setor.
São programas capazes de ampliar horizontes em empresas da área de saúde que buscam ampliar o conhecimento inovador de seus profissionais da saúde 4.0. Da mesma forma, já fizemos hunting de startups capazes de apoiar negócios do setor.
Portanto, se sua organização quer dar os primeiros passos, vale a pena um primeiro contato. Estamos à disposição para avaliar em conjunto com seu time as possíveis saídas por meio de projetos inovadores capazes de transformar seus profissionais junto às tecnologias digitais para o setor. O resultado certamente será uma equipe que utiliza e aplica os conceitos e recursos da Saúde 4.0.
Escrito por:
Robert Frederic Woolley
Robert Frederic Woolley é consultor associado da Haze Shift, bacharel em Ciências Farmacêuticas, mestre em Administração de negócios e agente de propriedade Intelectual. Realiza trabalhos sobre inovação em modelos de negócios com foco na auto-disrupção,desenvolvimento de mercado e novas tecnologias.
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