Desde 2016 a Brasil Junior em conjunto com centenas de voluntários e parceiros que compartilham do desejo de contribuir para a melhora da qualidade da educação superior brasileira realizam o ranking Ranking de Universidades Empreendedoras – RUE que mostra como as instituições de ensino superior brasileiras. Nesse estudo é possível observar, por exemplo, o faturamento das empresas das mais de 1.400 empresas juniores em 2021, e perceber pontos de chamar a atenção. Enquanto a economia brasileira encolheu na pandemia, as empresas juniores cresceram.
Segundo o levantamento da MEJ, o faturamento de 2019 para 2020 aumentou 10% nesse setor relativamente desconhecido por muitos, chegando a R$ 49 milhões. Em 2021, já em setembro, o valor havia sido superado o ano anterior. Como consultor de inovação, eu vejo aqui uma janela de oportunidades gigantesca (sim, gigante), ainda mais diante de uma economia em recessão.
Se o número pode ainda parecer pequeno, é porque você está comparando com, talvez, startups ou movimentos empresariais consolidados. Mas, a título de comparação, enquanto mais de 715 mil empresas fecharam as portas na pandemia, conforme mostra o próprio relatório, o movimento apresentou mais de 35 mil soluções inovadoras, crescendo em 17% (cerca de 200 empresas juniores).
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Um ranking, várias oportunidades inovadoras
O Ranking de Universidades Empreendedoras coletou 181 cases com a colaboração de 24 mil estudantes, fazendo o ranqueamento de 126 universidades brasileiras. Esses jovens enxergam o empreendedorismo como algo a mais do que um negócio: podemos perceber conexões fortes com os valores de inovação ESG (leia mais aqui). Confira uma amostra disso:
Em primeiro lugar, todos esses números mostram ao mercado a dimensão que o empreendedorismo está tomando nas universidades. São fatores altamente relevantes tanto para a captação de talentos potenciais para o intraempreendedorismo corporativo e também para tirar de cena certo preconceito de contratar empresas juniores como potencial fornecedoras. Pense comigo:
Ao contar com uma empresa júnior você traz junto com ela todo um ecossistema universitário embutido. Muitas vezes, você contrata indiretamente professores que atuam no mercado que dão apoio aos alunos, e, dependendo da parceria estabelecida, junto aos estudantes, pode ter acesso a laboratórios modernos que seriam muito caros para muitas empresas.
Isso tudo é inovação aberta pura, trazendo rotas de inovação colaborativa, co-engenharia, co-learning, entre outras rotas para a inovação aberta que podem transformar seu negócio, que mostrei neste outro texto (clique para ler).
Em segundo lugar, os próprios estudantes podem colocar o quesito potencial de empreendedorismo universitário em seus critérios de escolha antes de prestar vestibulares. Até há pouco tempo, a escolha dos alunos era baseada apenas no peso do nome da universidade, pela história. Ou seja, traz uma nova perspectiva.
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Dimensões avaliadas pelo Ranking de Universidades Empreendedoras Em sua avaliação, o Movimento Empresa Júnior avalia algumas dimensões para elaborar o Ranking de Universidades Empreendedoras: – Cultura Empreendedora: verifica como os alunos percebem a postura empreendedora da instituição de ensino e a proatividade de resolução de problemas. Além disso, por meio de algumas perguntas, avalia características empreendedoras nos alunos e professores que respondem a pesquisa. – Inovação: além de avaliação feita por indicadores como citações por artigo, patentes e proximidades da instituição de ensino com empresas. – Extensão: analisa pontos de ambiente favorável a pesquisas dentro da IES e fora. Internacionalização: avalia pontas de conexão com o ecossistema ao redor do mundo, como intercâmbios, parcerias colaboração em pesquisas internacionais. – Infraestrutura: avalia a qualidade de laboratórios, aproximação com parque tecnológico local e disponibilidade de recursos. Capital financeiro: destaca potencial de investimentos em projetos e iniciativas inovadoras. Fonte: MEJ |
Cases universitários de empresas juniores e cases corporativos
Além disso tudo, descobertas fantásticas de que existem empresas juniores com faturamento alto, entre R$ 300 mil e R$ 500 mil anuais, como mostra esta reportagem do R7. Nesse sentido, existem boas práticas de cultura empreendedora nas universidades que podem potencializar a cultura da inovação nas empresas tradicionais. E já que falamos de faturamento das empresas juniores, agora vamos ampliar esse debate.
Vejamos a Universidade Federal de Viçosa, por exemplo, citada no Ranking de Universidades Empreendedoras 2021. Por lá, existe a Central de Empresas Juniores vinculada ao tecnoPARQ, o Parque Tecnológico de Viçosa.
Nesse ambiente, as cerca de 45 empresas juniores da universidade ganham reforços. Elas têm acompanhamento empresarial e laboratórios para, efetivamente, produzirem soluções à comunidade. O local teve aumento de 7% das empresas juniores em 2020, com 26,4% mais projetos e faturamento 36,8% maior, segundo o relatório.
O que isso comprova? Para mim, prova que parques tecnológicos e programas de inovação conectados às universidades são, sim, meios efetivos de gerar soluções e novos negócios.
Para acessar o estudo completo e conhecer mais sobre o Ranking Universidades Empreendedoras: https://universidadesempreendedoras.org/sobre-nos/ e para conhecer mais a Brasil Junior – https://brasiljunior.org.br/.
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Empresas também podem adotar excelentes estratégias para se conectar com essas universidades empreendedoras. Um meio eficaz são desafios e programas de inovação aberta. Há diversas formas de promovê-los e nós da Haze Shift já apoiamos diversas empresas na construção deles.
Em um deles, nós da Haze Shift atuamos em conjunto com o Instituto Nissan no Sul Fluminense em parceria com a comunidade de inovação Rio Sul Valley, realizamos uma ação direta de contato com universidades do Sul Fluminense. Entre 2020 e 2021, as equipes universitárias precisaram apresentar, com base em uma metodologia de design thinking, propostas de startups para apoiar na resolução de problemas de Meio Ambiente, Mobilidade e Saúde. O programa durou oito meses.
Fica o convite: clique aqui e conheça o case da Inova San
Em outro programa de inovação aberta, esse com a Ambev Tech, fizemos contato ativo com universidades de todo o Brasil para um desafio de inovação aberta chamado ABI Academy Hack. Os alunos deveriam formar equipes para solucionar um problema real de negócios da Ambev por meio da tecnologia, e aconteceu entre agosto e novembro. Ou seja, universidades empreendedoras com jovens empreendedores estavam mais preparadas, sem dúvida.
Para finalizar, se a sua empresa quer adotar movimentos similares, nós da Haze Shift estamos aqui para ajudar. Conte conosco para cocriarmos seus programas de inovação, eme que uma das etapas também pode ser um hunting de empresas juniores em potencial ou para ampliar sua conexão com ecossistemas inovadores, como universidades. Vamos conversar!
Escrito por:
Certified facilitator of LEGO® SERIOUS PLAY® & Digital Transformation Enabler with a demonstrated history of working in the information technology and food & beverages industry.
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